quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Presidente Obama e o fenômeno da convergência de mídias na eleição norte-americana

No discurso da vitória de Barack Hussein Obama II, eleito o 44° presidente dos Estados Unidos da América do Norte, foi emblemática a imagem de uma multidão digna de um show de rock acenando seus celulares reluzentes que registravam cada detalhe deste marcante fato histórico.
No meio da multidão, o controverso reverendo Jessie Jackson e a célebre apresentadora de TV Oprah Winfrey, choravam pela vitória do senador afro-americano revestido da aura de Martin Luther King. Mas a grande vedete da campanha presidencial estadunidense de 2008 não foi nem mesmo Obama, e sim, os jovens do país. E esse fato não se justifica apenas pelo discurso pós-racial, que pode ser reduzido retoricamente à uma questão de marketing eleitoral, mas pela formidável máquina de propaganda para a arrecadação dos recursos privados que financiaram a vitória de Obama, esta sim, resultado direto de um ativismo político de base digital.
Marcados pela casualidade, os filhos dos "baby boomers" do século XX são chamados atualmente de "millennials" ou de "generation Y". Desde os "caucus", assembléias locais das primárias partidárias, o candidato democrata à Casa Branca bateu a concorrência com um forte apoio da juventude e com ampla divulgação nas redes de relacionamento e mensagens pelo celular.
Mesmo a divulgação do jogo eletrônico "The Sims 3", da Electronic Arts, pegou carona neste engajamento político dos jovens, apresentando uma paródia das eleições em que a canditata a vice-presidente pela chapa republicana e governadora do Alaska, Sarah Palin, estapeando o vice-presidente eleito Joe Biden (http://thesims3.ea.com/).
Barack Obama, que inclusive já foi transformado no ícone dos games Super Mario com o jogo online Super Obama World (http://www.superobamaworld.com/), disse há algum tempo que quer criar uma nova pasta para o cargo de diretor em tecnologia no seu gabinete, uma pessoa para tornar o governo mais acessível aos cidadãos. O primeiro passo nesse plano, é o lançamento de um website sobre a nova administração de transição para a Casa Branca, o chamado Change.gov (http://change.gov/).

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