sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Mídias sociais em transição

Uma recente pesquisa do IBOPE NetRatings aponta que mais de 80% dos usuários da Internet no Brasil possuem perfis nas Redes Socias, com uma média de contatos por usuário, incluindo a população de classe média baixa, de até três vezes superior à maioria dos demais países.
Mas apesas do brasileiro ser considerado o povo mais sociável do mundo as modas tendem a passar, e apenas duas são as redes realmente consolidadas no país: Orkut e Messenger.
Há algumas redes em ascenção: Facebook, Skype, Fousquare, Ning e YouTube.
Mas,  é surprendente a lista das redes estagnadas: Flickr, LinkedinFormspring, e pásmen, Twitter.
As redes decadentes são: Sonico e MySpace.      

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Jornalismo Participativo

A colaboração dos usuários é incentivada pelos principais portais de notícias brasileiros. Mas incorporar o dialogísmo próprio dos meios digitais é um desafio para os veículos tradicionais.
É certo que filtros para adequar os conteúdos postados são impostos pelas empresas de comunicação.
Por motivos óbvios, editores se negam a expor textos e fotos de qualidade duvidosa ou mesmo fatos e opiniões contrárias aos preceitos discursivos predominantes nos grupos midiáticos.
Quanto aos interesses econômicos de seus principais anunciantes, dentre os quais, o Estado (real detentor das concessões), a discussão é controversa.
Com a expansão da comunicação Mobile, as ferramentas desenvolvidas para o envio instantâneo de textos, fotos e videos incentivam "cases" de comunicação diversos, desde fofocas à situações de interesse público real, e alimentam em maior ou menor intensidade Portais como: G1, R7 e E-BAND.  

domingo, 23 de novembro de 2008

Marketing Viral

A publicidade viral se fundamenta em técnicas de marketing que exploraram a espontaneidade das pessoas. Este é o caso dos usuários de redes sociais e dos consumidores simpáticos a determinada marco ou produto. A intenção do marketing viral é produzir um aumento exponencial no reconhecimento de uma determinada marca, daí a referência ao vírus, que gera uma epidemia ao infectar um corpo hospedeiro.
Na sua origem, o marketing viral servia para descrever a difusão de uma determinada propaganda nos e-mails enviados por usuários de um determinado serviço de correio eletrônico. Atualmente, a publicidade viral desenvolve formas técnicas de se obter um retorno financeiro direto a custos baixíssimos, já que o vírus de uma idéia se propaga por meio da lógica da moda, assim, as pessoas passam a compartilhar naturalmente os conteúdos pretendidos pela campanha viral.
Muitas vezes esta técnica publicitária é patrocinada por uma marca. Porém, há diversos casos em que quem gera realmente tal movimento são os admiradores ou fãs de um produto ou serviço. Em geral, os anúncios virais tomam diversas formas que alegram e entretêm as pessoas, por meio de videos, jogos interativos, músicas e textos que divulgam os rumores do lançamento de novidades esperadas pelo mercado.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Justiça e videoconferência

Os Estados Unidos e a União Européia já utilizam há anos o sistema de videoconferências para o interrogatório de detentos. No Brasil, a discussão não é recente, mas aqui o sistema enfrenta a oposição de uma parcela dos advogados criminalistas. Os advogados de defesa alegam que esta mídia tende a dificultar o princípio do contraditório e que a adoção do sistema de videoconferências impede o magistrado de captar reações e traços psicológicos expressados pelos depoentes. Portanto, segundo esta tese, a fase probatória do processo teria um peso meramente burocrático para o convencimento do juiz, que tenderia a firmar sua convicção com base em um aparato tecnológico que tornaria os interrogatórios de presos frios e mecânicos.
Por outro lado, o uso de equipamentos informatizados geraria a redução dos gastos estatais com o robusto aparato de segurança, designado para a realização das escoltas policiais, instrumento de segurança pública necessário para a realização das ações de transferência dos presos que hoje são levados obrigatoriamente aos interrogatórios judiciais e julgamentos realizados pelas diversas instâncias do Judiciário. Assim, a comunicação virtual em tempo real, poderia acelerar as ações e encurtar o tempo necessário para a realização de julgamentos criminais. Outra vantagem do sistema seria a diminuição das tentativas de resgate dos presos de alta periculosidade pelas facções que comandam o crime organizado no país.
A questão das videoconferências foi recentemente apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado brasileiro, que aprovou em caráter terminativo o projeto que permite a utilização desse sistema em todo o território nacional. Se não houver recurso, devolvendo o projeto para a Câmara dos Deputados, e se o projeto for promulgado pela Presidência da República, haverá uma mudança substancial na realização da chamada fase de instrução dos processos criminais, período em que as provas são recolhidas e os réus e testemunhas são ouvidos pelo juiz.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Lei brasileira de crimes cibernéticos

O plenário do Senado Federal da República aprovou e reencaminhou à Câmara dos Deputados, mediante alterações, o texto do Projeto de Lei de nº 89 do ano de 2003 (PLC 89/2003 proposta pelo deputado Luiz Piauhylino), que regulamenta a criação de 13 novas categorias criminais e endurece as sanções para infratores de tipos penais já existentes em relação ao uso da internet.
Em repúdio ao Projeto de Lei, um protesto relâmpago foi organizado conforme o conceito de "flashmob", que significa “multidão instantânea” em inglês. Essa estratégia de intervenção social se configura numa mobilização orquestrada por internautas, porém, que nem sempre possui um caráter político.
Conforme o combinado, o grupo de manifestantes se reuniu em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero na avenida Paulista, em plena hora do "rush" de sexta-feira. A "performance" foi planejada de pouco mais de 30 segundos contou com cerca de 50 pessoas, reunidas no canteiro central da avenida, que compareceram ao local combinado portando folhas de papel sulfite com mensagens que pressupõem haver excessos legislativos no texto final apresentado pelo senador mineiro Eduardo Azeredo, cujo discurso visa proteger os usuários "bem-intencionados" da rede e tipificar crimes que já costumam ser cometidos no mundo virtual.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Escritores fantasmas

Há pessoas que não conseguem, não querem ou não podem escrever algo num determinado contexto, mas que mesmo assim, publicarão em seu próprio nome um texto desenvolvido por um escritor fantasma, mais conhecido como ghost writer, sua expressão em inglês.
O escritor fantasma nada mais é que um profissional da escrita, em geral altamente gabaritado, que vende sua habilidade de escritor para produzir textos que na realidade serão publicados com o nome de seus clientes. O trabalho dele é estritamente sigiloso, e o cliente que pagar pelo serviço pode ter toda segurança de que os direitos referentes aos aspectos legais que garantem a propriedade intelectual da obra produzida pelo escritor fantasma pertencerão exclusivamente ao contratante. Isso mesmo, como o serviço é profissional um contrato é feito para proteger o negócio.
Muitos livros vendidos nas grandes livrarias são produzidas por meio deste tipo de serviço especializado. O mesmo ocorre com diversas outras formas de produção textual, é o caso de muitos roteiros cinematográficos, e também de documentos de caráter administrativo, como os planejamentos estratégicos de grandes empresas e peças para campanhas publicitárias. Porém, um escritor fantasma também costuma escrever para seus clientes documentos mais curtos, como requerimentos, etc.
Alguns escritores fantasmas são muito prestigiados, e prestam serviços para famosos e poderosos. Eles estudam profundamente os aspectos estilísticos e psicológicos de seus clientes, adaptando o seu texto às visões de mundo do contratante, esse trabalho pode ser complexo, exigindo entrevistas de fundo e ampla análise documental. Essa é a gênese de muitos discursos políticos e até mesmo de autobiografias. Outro fator digno de nota é que escritores fantasmas de renome costumam se negar a escrever textos para a obtenção de títulos acadêmicos, como Mestrado, Doutorado e Livre-docência.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Jornalismo Cidadão

No Brasil, é obrigatória a exigência de diploma universitário em curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, para o exercício da profissão de jornalista em veículos impressos, rádios e nos canais de televisão. No entanto, ainda não há regulamentação para a atuação em mídias eletrônicas situadas na World Wide Web (a rede de alcance mundial).

Vivemos uma verdadeira proliferação global de Websites fundamentados numa noção de mídia colaborativa e contribuitiva. Por exemplo, o jornalismo independente, jornalismo de base ("bottom-up journalism") e jornalismo popular ("people's journalism"), é engajado politicamente e já possui um histórico de lutas e censuras (vide, por exemplo, a página do Centro de Mídia Independente - CMI: http://www.midiaindependente.org/).

Também já faz cerca de uma década que visualizamos listas de discussão alimentadas por usuários internautas discorrem sobre os mais diversos assuntos e o advento das redes sociais só ampliaram o volume desta fonte de informação.

Além da denominação "open source", são vários os outros termos dados para a publicação de conteúdos de cunho jornalístico por pessoas sem a formação de jornalista, tendo estes a colaboração ou não de jornalistas profissionais, e três, são os termos mais usados:

  • jornalismo cidadão ou "citizen journalism";
  • jornalismo em rede ou "networked journalism";
  • jornalismo de raiz ou "grassroots journalism".
Por uma questão de desambiguação é importante frisar que o jornalismo cidadão não é sinônimo de jornalismo cívico ou público, modalidade que é feita por jornalistas profissionais que visam discutir processos políticos e sociais de interesse público. Esta visão editorial de caráter público é vezes vinculada à advocacia jornalística, ou seja, uma postura transparente ou viés declarado por parte do jornalista em favor de uma determinada angulação ideológica.

O termo jornalismo cidadão também não deve ser confundido com jornalismo comunitário, que se utiliza das ferramentas do jornalismo para desenvolver a capacitação de membros de uma determinada comunidade. Este é o caso de diversos projetos sociais, presentes na cidade de São Paulo, que atuam prioritariamente na área das juventudes:
  • Instituto Criar (http://institutocriar.terra.com.br/), capitaniado pelo apresentador da Rede Globo de Televisão Luciano Huck;
  • Projeto Cala-boca-já-morreu (http://www.cala-bocajamorreu.org/), uma ONG especializada em educomunicação;
  • Rede Viração (http://www.revistaviracao.org.br/), publicação feita por jovens e para jovens que defende a reprodução de suas informções por meio do conceito de Copyleft, ou seja, sitando-se o link e a fonte das informações;
  • Revista Menisqüência (http://www.sala5.org/), projeto de empreendedorismo social inspirado no conceito internacional das publicações de rua.